sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Varal de Palavras


Coloquei cada palavra
Cuidadosamente  pendurada em meu varal.
Ajeitei cada uma em seu lugar.
 E subi a corda com o mais alto bambu.
Elas voaram no vento, tremulando...
E ali as deixei para que tu enxergasse de longe .
 Mas vieram o temporal
e a ventania da indiferença
e carregaram minhas palavras,
 tão lindas, tão coloridas,
tão significantes e cheias de amor,
 letra por letra... para o infinito.
 Foram se despedaçando para o vazio,
 para o vácuo,
sem  direito, nem ao menos,
de resposta,
que  só o vento poderia saber,
mas  que agora...  eu também sei!

Eli Ana

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Sobre o Natal


Dizem que o Natal e Ano Novo é uma época de falsos abraços, de reunirem  pessoas que apenas se suportam, que é tempo de hipocrisia pois passam o ano inteiro se alfinetando e no Natal “fingem” nada ter acontecido, que a natureza humana é essa.
Pois eu acho que no Natal não há lugar para o fingimento, não há falsos abraços nem sentimentos antagônicos em família;  que o ser humano  se permite  viver momentos verdadeiros de Fraternidade e Paz mesmo junto de  quem pensa diferente;  as pessoas realmente desejam o melhor para o próximo; as famílias  repartem uma ceia como quem reparte o pão de Cristo; as diferenças se dissolvem num sorriso;  pequenas demonstrações de afeto tomam uma proporção nunca esperada; exercita-se o perdão com  verdadeira facilidade; as diferenças e rusgas se dissolvem; e,  é claro, emanam do céu bênçãos de Luz!
Fico pensando que nessa hora o pensamento se eleva até algo maior que todos nós e se rende a ele: o Espírito de Natal!
Então, para mim, essa é a verdadeira essência do ser humano: perfeita, fraterna e de Luz própria!

Assim somos nós!!! Assim podemos ser o ano inteiro! Feliz Natal!!
Valença

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Escolhas



“Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.”

Fernando Teixeira Andrade