domingo, 26 de junho de 2011

Metamorfose

“Eu prefiro ser
essa metamorfose ambulante
do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo.”
Raul Seixas
Cada dia que passa vivenciamos uma infinidade de coisas, convivemos com pessoas que amamos, outras nem tanto, conhecemos novas, entramos em conflitos com alguns, nos identificamos com outros, enfim, trocamos constantemente de energia sem que necessariamente percamos o equilíbrio. No final de cada dia a gente faz um balanço, até mesmo sem saber, mas as coisas que vivemos no nosso dia se incorporam à nossa vivência e ninguém pode dizer que não se modifica um pouco a cada dia. E quando analisamos nossa vida depois de algum tempo, aí sim temos noção do quanto mudamos, até fisicamente. É humano e faz parte da vida.
Quantas vezes assistimos histórias de alguém que depois de ler um livro, assistir a um filme ou escutar uma música mudou totalmente sua vida. E nós, será que podemos dizer que nunca mudamos nossa vida ou apenas um aspecto dela em função de um desses estímulos externos? Acho que a maioria das pessoas concorda que isso é impossível!
Acredito que uma pessoa, que possa pensar que é firmeza de caráter passar pela vida sem se deixar atingir por ela , portanto seria fraqueza se deixar modificar pelas vivências, está perdendo de se aperfeiçoar, razão maior da existência humana . Quanto prejuízo pode trazer esse pensamento e quanta rigidez de pensamento isso acarreta. E será que mudar a forma de pensar não é crescimento? Falando de um ponto de vista didático, é comprovado que só há aprendizagem quando há mudança de atitude.
Então se não quisermos ter uma visão engessada da vida é só observar as mudanças diárias que sofremos, a cada novo conhecimento, a cada som que chega a nossos ouvidos ,a cada harmonia que conseguimos captar nos sons que escutamos, cada combinação diferente de cores que nossa retina capta,a forma que sugere algumas linhas, um perfume diferente no ar, que nos remete imediatamente a tempos inesquecíveis, cada sabor novo que degustamos, um vinho , uma fruta, um tempero, uma “química” entre duas pessoas, que às vezes por ser rara é uma oportunidade preciosa...
Bem, depois de observar toda sua vivência, permita-se incorporar aquilo que toca a sua sensibilidade, descarte aquilo que não lhe serve, mas esteja aberto a essas manifestações, pois é através delas que Deus fala conosco! Observa e vê! Se for mentira, descarte esta, como uma leitura que não acrescentou nada em sua vida!
Eliana Valença

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Eu queria trazer-te uns versos muito lindos

Eu queria trazer-te uns versos muito lindos
colhidos no mais íntimo de mim...
Suas palavras
seriam as mais simples do mundo,
porém não sei que luz as iluminaria
que terias de fechar teus olhos para as ouvir...
Sim! Uma luz que viria de dentro delas,
como essa que acende inesperadas cores
nas lanternas chinesas de papel!
Trago-te palavras, apenas... e que estão escritas
do lado de fora do papel... Não sei, eu nunca soube o que dizer-te
e este poema vai morrendo, ardente e puro, ao vento
da Poesia...
como
uma pobre lanterna que incendiou!
Mario Quintana

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Mandarim








Com muito carinho para uma família que tem uma menininha aprendiz de mandarim...


da dinda Lia

domingo, 5 de junho de 2011

Conexão: olhar

É o primeiro contato com o mundo real, a primeira impressão , a primeira bandeira entre dois seres: o olhar.
E por coincidência é também o último contato com a vida, o último laço a ser desatado, o último fio de vida: o olhar derradeiro!
Sem falar, o olhar diz tudo: como estamos nos sentindo de verdade e não como dizemos nos sentir. O olhar não mente!
Quando olhamos à volta espalhamos sentimentos por aí, de alegria, tristeza, amor, desamor, solidão, afeição, afinidade, contrariedade... enfim é como se espalhássemos fios de “linha” a cada olhar que lançamos. E esses fios vão se entrelaçando com os que chegam até nós, formando uma teia, uma trama com aqueles com quem temos laços, afinidades ou contrariedades. E essa teia mostra tudo o que somos, exatamente como somos e que sentimentos nutrimos de verdade pelos outros e o quanto são intensos, ou não.
No final do dia podemos, como um pescador, recolher nossas “redes”, nossas linhas, nossos olhares. E devemos fazer isso diariamente.
Veremos então onde está nosso interesse maior e quem realmente é importante para nós. Veremos o quanto os amigos nos são queridos, o quanto nosso trabalho é gratificante e envolvente.
Recolheremos os fios que lançamos para nossa família, pais , filhos, nossos tesouros.
E para suprir nosso ser amado e fazer desse amor um sentimento único, veremos que de onde recolhermos mais fios de nossa linha... aí estará nosso ser amado.
E só assim, e sem nem saber porque, nosso “bem” vai sentir-se pleno, satisfeito e em paz!
Eliana