segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Apresentadora de TV em grande forma emocional (sobre bulling)

Assista ao vídeo abaixo:

A cada dia que passa  mais confirmo uma opinião que venho formando ao longo do tempo sobre bulling. As matérias sobre esse assunto enfatizam os danos sofridos pelas vítimas de bulling. Mas sempre se pensa em vítima de bulling àquele que sofre o comentário maldoso e preconceituoso. Mas analisando este caso (e para mim a totalidade ), pergunto quem será a principal vítima? Essa jornalista, que está como ela mesma sabe, acima do peso ideal, tem uma carreira bem sucedida, é uma pessoa com sua auto-estima em dia, tem admiradores de seu trabalho, é reconhecida como comprova as inúmeras manifestações de apoio que recebeu. Ela superou e sobreviveu ao bulling que sofreu na escola e na vida. Está aí dando exemplo de dignidade perante os outros e boa convivência consigo mesma. É uma pessoa  leve e em grande forma emocional !!!!
Mas e aquele infeliz que se deu ao trabalho de perder seu tempo e energia (negativa, é claro) para menosprezar uma pessoa que ele nem conhece, nem seu trabalho, nem sua vida pessoal? Como será a sua vida? Será que ele tem reconhecimento em seu trabalho, ou ele é da turma que leva a vida fazendo comentários maldosos ,ás vezes em voz baixa e pelos cantos ou em alto e bom tom (ou seria mal tom?)  à cor da pele, ao peso, à opção sexual, ao cabelo, à roupa,  maneira de falar,  aparência física , etc etc etc...?
Será que ele é bem sucedido, é amado pelas pessoas? É feliz e conhece a verdadeira alegria? Será que se aceita como é? Será que passou a vida inteira desdenhando o que não tem? A jornalista, acima do peso, teria algum atributo que o infeliz gostaria de ter? Será que alguém lembrou de encaminhar a um tratamento o infeliz, quando ele ainda estava na escola e cometia bulling? 
Minha vó sempre dizia uma frase de muita sabedoria : "Quem desdenha, quer comprar!"
Sempre que me deparo na escola com alguma cena de bulling converso com meus alunos  chamando a atenção para este pequeno detalhe. É espantoso ver a reação positiva de alguém que sofreu o preconceito sentir que o outro gostaria de ser ou parecer com ela em algum aspecto. Isso parece tão pequeno, mas muda a maneira de se "sentir" vítima. A "vítima" passa a ver que o outro  é que precisa de ajuda.
Quando alguém está bem consigo e com os outros não  perde tempo e energia pensando em incomodar, prejudicar, denegrir a imagem de alguém. As pessoas só fazem isso, quando sua vida é muito carente de motivos para ser feliz,  pois  esta é a visão que têm de  sua própria vida. 
Vamos prestar mais atenção e tratar também,e principalmente, as outras vítimas de bulling: os eternos insatisfeitos consigo mesmos.
Eli Ana

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