terça-feira, 28 de maio de 2013

Porque canto

Porque canto, te respondo,
Porque me encanta cantar...
Se a saudade me atropela,
Peço pra ela voltar...
Na leveza do meu canto
O pranto teima em rolar,
E a tristeza alça velas,
Num convite a navegar!
Canto estrelas que se aninham
No poncho das madrugadas,
Canto a lua que repousa
Refletida nas aguadas...
Canto a voz da guitarra
Que se ancorou no meu peito,
Pra me juntar aos humildes
Que ainda clamam respeito!
Graças ao meu bom Deus,
Canto pra o sustento dos meus...
E pra espantar essa dor,
Que não tem forma, nem cor,
Preferi chamar de amor,
Lágrima dos olhos teus...
Se o meu cantar não te importa,
Abro as portas mesmo assim,
Num vício terno, sensível,
Do poema que há em mim...
Canto a garoa que encharca
A quincha do rancheirio...
Canto a nobreza das águas,
pelo remanso dos rios!
Quando eu partir deste mundo,
Hão de ficar as cigarras,
Que ensinaram ao meu filho
Os segredos da guitarra...
Quando chegares as aves
No retorno do verão,
Hão de levar meus poemas
Nas asas da arribação!

                                        Jairo Lambari Fernandes

Obs: Esta música bem poderia ser: porque desenho, porque danço, porque escrevo... ou qualquer forma de manifestação artística, ou seja, aquilo que vai ficar, além de nós... nas asas da arribação! Obrigado Jairo Lambari, por esse hino a quem faz arte. 

quinta-feira, 23 de maio de 2013

terça-feira, 21 de maio de 2013

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Baú do Santa Irene

Oficina de Pandorga (2002)
Esta foi a primeira oficina de pandorgas que promovemos com o encerramento no campinho do aeroporto de Pelotas. Depois desta, muitas outras ...