sábado, 27 de fevereiro de 2016

Aposentadoria



Lembro que quando entrei no município minha diretora dizia no discurso de recepção:”No trabalho não se faz amigos e sim colegas...”
E sentada aqui na rede olhando meu cantinho vazio e já sentindo saudades da noite anterior, fiquei refletindo sobre essa frase.
A chuva de ontem refrescou o calor e quem trouxe um casaquinho... se deu!! Alguns não puderam vir, tinham outro compromisso, mas mandaram seu carinho!
Alguns ajudaram a recolher as coisas da rua que quase saíram voando, e teve gente que se perdeu no caminho e quase foi parar em Bagé...
Outros chegaram  com os pés molhados...  perderam  o chinelo no aguaceiro. Teve gente que adorou a maçã do amor e repartiu sua maçã! Teve tratamento Vip para os grávidos com desejo de bife acebolado... Trouxeram netos para brincar com o meu... e teve quem foi liberado pelos orixás. Descobri que tem gente que tem poderes de fazer coisas aparecerem quando visitam a casa de alguém!!! E ainda por cima presentes de muito carinho e delicadeza!!
Gente de casa deu o suporte luxuoso do cardápio delicioso, dos arranjos de ultima hora e do apoio moral na hora que tudo parecia ir, literalmente, água abaixo... Mas não é que deu certo? Noite perfeita, companhia perfeita, astral perfeito!
E aqui e agora, 25 anos depois, comemorando minha aposentadoria, cercada de carinho e alegria de amigos, vejo que sou abençoada  ou  quanto minha  primeira diretora estava errada!
Gratidão, gratidão, gratidão!!!
Eliana Valença




terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

O Quiroga


"A consciência tem de se haver simultaneamente com duas realidades, ela percebe e intervém no mundo objetivo e também na direção do mundo subjetivo. 
Contudo, tu afirmas que apenas a objetividade mereça o status de realidade enquanto tratas a subjetividade com pudor, suspeitando que talvez essa percepção não passe de fantasia. Assim é que metade de tuas experiências acaba sendo desvalorizada e tu nem sabes o que fazer com ela. 
A simultaneidade da consciência não te torna uma entidade ambígua, como poderia pensar-se, mas alguém com capacidade de ter perspectivas mais amplas do Universo e, por isso, capaz de fazer escolhas. 
Tua liberdade está vinculada a essa simultaneidade da consciência e, enquanto não a aceitares e amares com toda tua força, não podes sequer te considerar uma pessoa livre."
Quiroga, o Astrólogo