É o primeiro contato com o mundo real, a primeira impressão , a primeira bandeira entre dois seres: o olhar.
E por coincidência é também o último contato com a vida, o último laço a ser desatado, o último fio de vida: o olhar derradeiro!
Sem falar, o olhar diz tudo: como estamos nos sentindo de verdade e não como dizemos nos sentir. O olhar não mente!
Quando olhamos à volta espalhamos sentimentos por aí, de alegria, tristeza, amor, desamor, solidão, afeição, afinidade, contrariedade... enfim é como se espalhássemos fios de “linha” a cada olhar que lançamos. E esses fios vão se entrelaçando com os que chegam até nós, formando uma teia, uma trama com aqueles com quem temos laços, afinidades ou contrariedades. E essa teia mostra tudo o que somos, exatamente como somos e que sentimentos nutrimos de verdade pelos outros e o quanto são intensos, ou não.
No final do dia podemos, como um pescador, recolher nossas “redes”, nossas linhas, nossos olhares. E devemos fazer isso diariamente.
Veremos então onde está nosso interesse maior e quem realmente é importante para nós. Veremos o quanto os amigos nos são queridos, o quanto nosso trabalho é gratificante e envolvente.
Recolheremos os fios que lançamos para nossa família, pais , filhos, nossos tesouros.
E para suprir nosso ser amado e fazer desse amor um sentimento único, veremos que de onde recolhermos mais fios de nossa linha... aí estará nosso ser amado.
E só assim, e sem nem saber porque, nosso “bem” vai sentir-se pleno, satisfeito e em paz!
Eliana
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