Vazio
"Existe uma falta, existe um vazio, existe um buraco.
É preciso continuar, de alguma forma, apesar dele.
É comum que passemos a vida a dar aquilo que nos faltou.
Isto pode soar estranho, afinal, como dar aquilo que não tenho?
Como não tenho se estou dando?
É possível dar aquilo de que se está vazio?
Estranhezas da vida humana...
O dar é também uma forma de receber.
Dar ao outro que reside em mim é o mesmo que dar a mim mesmo.
Esta é uma forma de chegar a mim: através do outro.
Mas por que será que o vazio permanece, mesmo quando tento preencher o vazio do outro?
Simplesmente porque não é o vazio do outro e sim o meu vazio que quero preencher.
Transformar, eis a questão!
Transformar o próprio vazio, que muitas vezes estará vazio também de sentido.
Não transformar em outra coisa, mas sim, usar a mesma coisa de forma diferente.
Descobrir uma saída, totalmente pessoal, única, individual.
Aceitar o que se é.
Olhar para o que se é, e fazer com isto, aquilo que melhor pudermos,
Transformar o destino. Será possível?
Talvez não, mas podemos sim, assumir o destino de forma consciente.
Difícil, mas possível.
Árduo, mas louvável.
E, então, de repente...
Percebemos que certos sofrimentos estão além da razão, da compreensão, do sentido.
Então, calmamente, percebemos que é assim que dá para ser.
E aceitamos."
Texto da revista Vida SimplesÉ preciso continuar, de alguma forma, apesar dele.
É comum que passemos a vida a dar aquilo que nos faltou.
Isto pode soar estranho, afinal, como dar aquilo que não tenho?
Como não tenho se estou dando?
É possível dar aquilo de que se está vazio?
Estranhezas da vida humana...
O dar é também uma forma de receber.
Dar ao outro que reside em mim é o mesmo que dar a mim mesmo.
Esta é uma forma de chegar a mim: através do outro.
Mas por que será que o vazio permanece, mesmo quando tento preencher o vazio do outro?
Simplesmente porque não é o vazio do outro e sim o meu vazio que quero preencher.
Transformar, eis a questão!
Transformar o próprio vazio, que muitas vezes estará vazio também de sentido.
Não transformar em outra coisa, mas sim, usar a mesma coisa de forma diferente.
Descobrir uma saída, totalmente pessoal, única, individual.
Aceitar o que se é.
Olhar para o que se é, e fazer com isto, aquilo que melhor pudermos,
Transformar o destino. Será possível?
Talvez não, mas podemos sim, assumir o destino de forma consciente.
Difícil, mas possível.
Árduo, mas louvável.
E, então, de repente...
Percebemos que certos sofrimentos estão além da razão, da compreensão, do sentido.
Então, calmamente, percebemos que é assim que dá para ser.
E aceitamos."
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