terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Dedo na Balança



O justo, correto, o certo, não podem ser relativos.
Não é por ser  meu amigo que uma pessoa não possa estar errada.
No meu partido também existem pessoas que não são do bem...
No partido opositor também existem pessoas que defendem os direitos humanos.
Meu time tem maus torcedores também e meu time rival tem bons desportistas.
Meu país tem bons e maus brasileiros e “aquele” país que falamos mal tem gente bem intencionada.
Há militares com idéias revolucionárias  e revolucionários pregando preconceito... ou revolução em causa própria...
O que condenava um governante ontem, amanhã pode tornar outro popular?
Terroristas podem ter seus crimes justificados se estiverem a serviço de uma causa política ou religiosa?
Alguém mesmo em um importante cargo público tem direito a se emocionar em situações extremas. É humano, afinal! Mas também não pode ser colocado em um pedestal por ser humano.
Minha religião não é a única a pregar boas ações e incentivar a caridade. Outras religiões também levam à Deus.
Minha família merece minha atenção e amor, assim como outras pessoas que estão próximas de mim ou desconhecidos para os quais a ajuda esteja a meu alcance.
Podemos reconhecer que alguém de nosso time cometeu uma falta, se nosso ídolo musical escorregar na harmonia, se o político do nosso partido for corrupto, se nosso líder religioso descobrir-se mais humano do que pregava, se alguém de nossa família cometer uma injustiça.
Injustiças ou  medidas justas,mentiras ou verdades, corrupção ou transparência, revoluções ou idéias reacionárias não são compatíveis apenas com aqueles que simpatizamos ou antagonizamos.
 Não podemos julgar ações e pessoas com olhos míopes, com idéias viciadas, não podemos pesar os fatos com o dedo na balança. Sempre há o caminho do bom senso, a verdade ,mesmo que doída, a busca do ideal, mesmo que desmoronado por vezes...
Sempre há um caminho livre do preconceito...  o que leva à verdadeira justiça...  acima de qualquer ideologia partidária ou religiosa...  livre  da falsidade...   acompanhado da verdade: o caminho do meio...
Eliana Valença(25/02/13)

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